Lucille Kanzawa: sensibilidade e muitas histórias para contar

Lucille Kanzawa durante palestra no Armazém da Cidade
(foto: Daniel Ramos)

Neste domingo (29), participei da oficina de fotografia do Projeto VivaRua "A Fotografia na Construção de um Documentário", ministrada pela fotógrafa Lucille Kanzawa. A oficina foi realizada no Armazém da Cidade, localizado na Vila Madalena (zona oeste de São Paulo).
Dentro desta oficina, Lucille contou algumas de suas inúmeras experiências ao redor do mundo - seus trabalhos foram publicados por revistas como Terra, Vida Simples e Horizonte Geográfico.


Lucille passou por muitos lugares remotos do mundo, como o Mianmar, onde fotografou o Festival da Água; o Turcomenistão, onde fotografou uma cratera de fogo na aldeia de Darvaza, que nunca se apaga (consequência da combustão de gás natural); além de países como Mongólia, China, Índia, Marrocos, Tunísia... cada um com suas histórias e experiências.
Em Mianmar, por exemplo, a fotógrafa passou por maus bocados: quase pegou uma infecção generalizada por causa de uma simples ferida, tratada de forma inadequada por conta da precariedade do sistema de saúde daquele país.
No Turcomenistão, ela acampou no deserto onde a cratera de fogo se localiza - e contou que o calor da cratera era insuportável.

Cratera de fogo da aldeia de Darvaza, no Turcomenistão
(foto: Lucille Kanzawa)

Lucille também falou sobre seu principal projeto: o livro Yuba, que retrata uma comunidade japonesa localizada em Mirandópolis, no interior de São Paulo, que vive basicamente do cultivo da terra e da produção de arte.
O projeto levou sete anos para ser executado - desde a produção das fotos até a publicação do livro.
Falou também sobre sua relação com figuras como o curador Diógenes Moura, da Pinacoteca do Estado, que contribuiu de forma significativa para a execução do projeto.

Foto do projeto Yuba, sobre comunidade no interior de São Paulo
(foto: Lucille Kanzawa)

Após a palestra, Lucille acompanhou os participantes em uma saída fotográfica pelas ruas da Vila Madalena. Um dos pontos visitados foi o famoso Beco do Batman - uma verdadeira galeria de arte a céu aberto, com muitos grafites e desenhos coloridos.

O Beco do Batman foi um dos pontos visitados durante a saída fotográfica
(foto: Daniel Ramos)

Não há palavras para definir esta experiência. Lucille Kanzawa é alguém que impressiona, não só pelas suas histórias, mas também por sua simplicidade como pessoa.
É alguém cujo trabalho qualquer pessoa que mexa com fotografia deveria conhecer, pois serve de referência importante. Simplesmente, fantástica.

Esta semana disponibilizarei as fotos produzidas durante a saída, tanto em minha página do Facebook como no perfil do Instagram.
E em breve, teremos por aqui uma entrevista com a fotógrafa. Aguardem!

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