Após 16 anos, Bernardinho deixa o comando da seleção brasileira de vôlei

Bernardinho durante a Olimpíada do Rio: técnico deixa o comando
da Seleção Masculina de Vôlei (foto: Reuters)

A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) anunciou na noite desta terça (11), que o técnico Bernardinho está fora do comando da Seleção Brasileira de Vôlei.
A decisão, tomada pelo próprio treinador, põe fim a um período glorioso e histórico: à frente da Seleção Brasileira, Bernardinho conquistou 28 títulos - entre os quais dois ouros olímpicos (Atenas-2004 e Rio-2016), três títulos mundiais (2002, 2006 e 2010), duas Copas do Mundo (2003 e 2007) e oito Ligas Mundiais (2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010).


Bernardinho também foi jogador, em meados dos anos 1980, e faz parte da chamada "geração de prata", que conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984 - a primeira medalha olímpica da história do vôlei brasileiro.
Como técnico, também dirigiu a seleção feminina, com a qual ganhou duas medalhas de bronze (Atlanta-1996 e Sydney-2000), antes de assumir a seleção masculina, em 2001.

Bernardinho em 2002, comemorando o título mundial
ao lado de Giovane Gavio (foto: Divulgação/FIVB)
Na época, Bernardinho tinha como missão recuperar a credibilidade da seleção masculina. Não apenas conseguiu, como foi além - logo no primeiro ano, faturou o título da Liga Mundial depois de oito anos.
No ano seguinte (2002), veio o primeiro título mundial, diante da poderosa Rússia. Em 2003, um título da Copa do Mundo e outra Liga Mundial.
E a conquista que consolidaria de vez a passagem de Bernardinho veio em 2004: o ouro olímpico em Atenas.

A última grande conquista de Bernardinho com a seleção foi no ano passado, na Olimpíada do Rio de Janeiro, quando, novamente - e após ficar com a prata duas vezes, em Pequim e em Londres - o Brasil foi campeão olímpico, desta vez diante da Itália.

Quem assume o lugar de Bernardinho como técnico da seleção masculina é o também ex-jogador Renan Dal Zotto, que foi companheiro de quadra de Bernardinho na Olimpíada de Los Angeles.
Bernardinho seguirá como consultor técnico da seleção - o agora ex-técnico continua apenas à frente do comando do Rexona/Rio de Janeiro, que disputa a Superliga feminina.

O líbero Serginho comemorando a conquista do ouro olímpico no Rio:
última conquista de Bernardinho com a seleção (foto: Getty Images)

Bernardinho tinha um estilo, no mínimo, forte: mostrava-se até agressivo em alguns momentos, mas sabia como motivar uma equipe em quadra.
Não à toa, tornou o Brasil uma potência do vôlei mundial - e também é citado como modelo de sucesso, até mesmo fora do meio esportivo.
Sem dúvida é alguém que vai fazer muita falta... mas também deixa um enorme legado ao esporte brasileiro.

(Fontes: globoesporte.com, ESPN)

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