Rogério Ceni é anunciado como novo técnico do São Paulo

Rogério Ceni no banco de reservas do Morumbi: ex-goleiro será o próximo
técnico do São Paulo (foto: Igor Amorim/saopaulofc.net)

Logo após a demissão do técnico Ricardo Gomes no último dia 23, o São Paulo anunciou nesta quinta-feira (24/11) o nome de seu novo técnico. E é um velho conhecido da torcida tricolor: o ex-goleiro Rogério Ceni, que, há menos de um ano, encerrou sua carreira como jogador profissional.
Considerado um dos maiores ídolos da história do São Paulo, Ceni agora encara um novo desafio em seu clube do coração: o de comandar a equipe do banco de reservas.


Como goleiro e capitão do time, Rogério fez história dentro do São Paulo, defendendo o clube por mais de 25 anos - de setembro de 1990 a dezembro de 2015. E se mostrou eficiente não apenas embaixo das traves, mas também em cobranças de bola parada (faltas e pênaltis), que acabaram virando sua especialidade.
Com a camisa são-paulina, Rogério Ceni disputou 1237 partidas, com 648 vitórias, 275 empates e 314 derrotas. Além disso, tornou-se o maior goleiro-artilheiro da história, com 131 gols marcados.

Rogério Ceni como goleiro do São Paulo: defesas, gols e títulos
(foto: Reprodução)
Algum tempo depois de pendurar as luvas, já no segundo semestre deste ano, Ceni começou a investir na nova carreira, fazendo cursos de treinador na Europa, pela Federação Inglesa e pela UEFA, e fez, durante uma semana, um estágio no Sevilla (ESP) com o técnico da equipe, o argentino Jorge Sampaoli, campeão da Copa América de 2015 pela seleção chilena, e de cujo trabalho Rogério se declarou admirador, adotando-o como referência.

O site globoesporte.com publicou uma declaração do presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, na qual ele justifica a contratação do ídolo para a função de técnico do time: "Rogério Ceni sempre foi um protagonista. Nos últimos 12 meses, mostrou ambição em se qualificar para uma nova função no futebol, estudou com os melhores do mundo, e nos convenceu ao apresentar um projeto consistente e contemporâneo de futebol para o São Paulo. É uma figura de enorme importância para o clube que chega com a determinação de ser o melhor novamente, dessa vez como treinador", diz o presidente.


Rogério Ceni ao lado de Jorge Sampaoli, durante seu
estágio no Sevilla (foto: Divulgação)
Rogério Ceni retorna ao São Paulo em um momento onde o clube busca uma reafirmação no cenário do futebol. 
O time não fez uma boa campanha durante o Brasileirão deste ano, dispensou dois técnicos (Edgardo Bauza, que entregou o cargo para assumir a seleção argentina, e Ricardo Gomes, recém-demitido pela diretoria são-paulina) e se viu obrigado a fazer um esforço para se livrar do rebaixamento.
Mesmo com todo este cenário adverso, Ceni só vai assumir o comando do São Paulo no ano que vem - nos dois últimos jogos do Campeonato Brasileiro, quem comanda interinamente o time é o ex-jogador e auxiliar técnico Pintado.

O contrato de Rogério Ceni no São Paulo terá duração de dois anos, com multa rescisória e acordo de produtividade - de acordo com os resultados, o técnico receberá (ou não) bonificações.
A apresentação oficial do novo técnico será realizada apenas em dezembro, após o término do Campeonato Brasileiro.

E ao que parece, Ceni já tem ideia do tipo de filosofia que quer implantar no time a partir do ano que vem: "O grande segredo do futebol é administrar pessoas e se relacionar bem com seus jogadores. São eles que podem fazer diferença. Eu quero que eles vejam futebol da maneira como eu via quando jogava, eu quero um time vencedor, que tenha uma mentalidade vencedora. Eu tenho certeza de que eles vão entender isso, já conheço muitos deles e sei da mentalidade vencedora que eles têm", disse Rogério, em entrevista ao site oficial do São Paulo.

Bom, esta é uma aposta um tanto quanto arriscada por parte do São Paulo - pois atuar dentro de campo é uma coisa; fora dele, é outra completamente diferente.
Está certo que Rogério Ceni é alguém muito querido não apenas dentro do clube, como também pela torcida tricolor. Mas, do jeito que o futebol brasileiro é cruel com os treinadores, será que, após uma sequência de três ou quatro derrotas, a diretoria tricolor vai ter coragem de bancar aquele que outrora foi seu maior ídolo?
Tudo bem que é cedo para se fazer especulações... mas já ficou provado que, para qualquer time que se preze, não basta apenas ter um bom treinador: além disto, é necessário ter um elenco consistente, que funcione bem dentro das competições - e no momento, esta não é a realidade do São Paulo.
Tomara que Rogério esteja preparado para o desafio de ser técnico (e que a diretoria são-paulina reforce o elenco fazendo as contratações necessárias), que no Brasil, é muito grande...
Enfim... só o tempo dirá. Boa sorte, Rogério!

E agora, dirijo-me aos torcedores são-paulinos... foi uma boa escolha do tricolor trazer seu grande ídolo para o cargo de técnico?
Deixem sua opinião nos comentários!

(Fonte: globoesporte.com

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