No palco do 7x1, Brasil atropela Argentina e mantém 100% sob o comando de Tite

Messi e Neymar duelam no Mineirão: Brasil levou a melhor sobre
a Argentina (foto: AP)

O palco deste confronto não trazia lembranças das mais agradáveis para o torcedor brasileiro. Dois anos atrás, durante a Copa do Mundo, o Mineirão presenciou o maior vexame da Seleção Brasileira na história: a derrota diante da Alemanha por um sonoro placar de 7 a 1.
Pois bem. O tempo passou, vieram as Eliminatórias para 2018, duas eliminações precoces na Copa América, duas mudanças de técnico... até que, na data desta quinta (10/11), estava a nossa Seleção de volta a Belo Horizonte - desta vez, nossos adversários eram os argentinos, nossos arquirrivais históricos.
E com Tite no comando, a história foi diferente. O Brasil não deu chances aos "hermanos", que mesmo com o cracaço Lionel Messi em campo, não jogaram o bastante para conseguir um resultado expressivo. E acabaram dominados pela equipe da casa, com direito a gritos de "olé" da torcida brasileira.
3 a 0. Fora o baile...


Mas não foi por falta de esforço da equipe argentina, que até começou bem a partida, controlando as ações no meio-campo e mantendo a posse de bola.
E ainda, Messi deu dois chapéus em Fernandinho - em um destes lances, o volante brasileiro foi punido com um cartão amarelo.
Com 12 minutos de jogo, a posse de bola da Argentina era monstruosa: 62%, contra 38% do Brasil. E, numa postura claramente defensiva - com a marcação montada em duas linhas de quatro - a equipe do ex-técnico são-paulino Edgardo Bauza conseguiu segurar o jogo e impor o ritmo.
E ainda fez o goleiro Alisson trabalhar: aos 23 minutos, o volante Biglia, após receber passe de Messi, mandou uma bomba da entrada da área, e o goleiro brasileiro fez boa defesa.

No entanto, o equilíbrio só duraria até os 24 minutos: após receber passe de Neymar pela esquerda, Philippe Coutinho trouxe a bola para o meio da entrada da área e acertou uma bomba, no ângulo.
Um belo gol, que abriu o placar no Mineirão: 1 a 0.

Coutinho, Neymar e Gabriel Jesus (foto: Agência Estado)
O gol de Coutinho desestabilizou os argentinos, que mesmo mantendo a posse de bola, não encontraram mais espaço pra jogar. E ainda reclamaram de um suposto pênalti ignorado pela arbitragem: aos 36 minutos, Messi cobrou falta e a bola acertou o braço de Neymar, que estava compondo a barreira. Por entender que o toque não foi intencional (Neymar estava com o braço muito junto ao corpo no momento da cobrança), o árbitro chileno Julio Bascuñan deixou o jogo seguir.

A Argentina foi pra cima na tentativa de buscar o empate. Mas além de não ter objetividade nas finalizações, ainda deu espaço para o contra-ataque. E o Brasil soube se aproveitar disso.
Antes do apito final do primeiro tempo, saiu o segundo gol: Gabriel Jesus girou em cima do zagueiro Otamendi e passou em profundidade para Neymar, que só precisou de dois toques na bola pra mandar para o gol, sem chances para o goleiro argentino Romero.
Um gol histórico: é a 50ª vez que Neymar balança as redes com a camisa da Seleção Brasileira.

Comemoração do terceiro gol (foto: Reuters)
Na volta do intervalo, Bauza colocou Agüero no lugar de Enzo Perez, deixando a equipe ainda mais ofensiva na tentativa de buscar o jogo. No entanto, esta geralmente é uma tática arriscada, pois o time fica ainda mais exposto ao contra-ataque adversário.
Mas até que a Argentina criou algum perigo no início do segundo tempo: aos 10 minutos, Di María recebeu pela esquerda e arriscou o chute, mas a bola acertou a rede pelo lado de fora.
Antes disso, Paulinho conseguiu perder um gol feito: após receber passe de Gabriel Jesus, o volante passou por Zabaleta e conseguiu driblar Romero, mas chutou para o gol sem muita força - o próprio Zabaleta conseguiu afastar o perigo.

Esse gol perdido acabou não fazendo muita falta, no fim das contas. Minutos depois, Paulinho conseguiu se redimir: Renato Augusto impediu que um cruzamento forte de Marcelo saísse pela linha de fundo, e acabou dando um cruzamento de presente para o volante, que pegou de primeira e ainda contou com um desvio da marcação para a bola entrar.
Terceiro gol brasileiro no Mineirão, para alegria da torcida - que 7 a 1, que nada...

Daí pra frente, o Brasil acabou tomando conta do jogo, e foi só festa - com direito a gritos de "o campeão voltou" e de "olé", cada vez que a equipe de Tite trocava passes.
A Argentina estava batida, mesmo com Messi em campo - como todos sabemos, só um jogador não faz um time...

É, Messi... não era o seu dia... (foto: AFP)

Antes do jogo começar, foi respeitado um minuto de silêncio em homenagem ao eterno capitão do tri, Carlos Alberto Torres, que morreu no último dia 25 de outubro.
A camisa 4, eternizada pelo capitão, foi envergada nesta partida por Daniel Alves, lateral-direito da Seleção (assim como Carlos Alberto era quando jogou a Copa de 1970).

Esta é a quinta vitória do Brasil sob o comando do técnico Tite. Com estes 100% de aproveitamento desde que o novo técnico assumiu a Seleção, a liderança das Eliminatórias foi assegurada, com 24 pontos.

Outros Resultados


Colômbia 0 x 0 Chile - empatando em casa, a Colômbia assume a terceira colocação, e o Chile se mantém na zona da repescagem

Uruguai 2 x 1 Equador - os uruguaios se mantém 1 ponto atrás do Brasil, com esta vitória em casa

Paraguai 1 x 4 Peru - vitória interessante dos peruanos, goleando o Paraguai fora de casa; partida marcou a despedida do atacante Roque Santa Cruz, que está se aposentando da seleção paraguaia

Venezuela 5 x 0 Bolívia - no duelo dos lanternas, os venezuelanos levaram a melhor com sobras


O próximo compromisso do Brasil nas Eliminatórias é fora de casa, contra o Peru, na madrugada de terça para quarta-feira (15-16/11), às 00:15hs.

É... pelo visto a Seleção está voltando a ser Seleção, sob a batuta de Tite.
Concordam ou não?! Comentem!

(Fonte: globoesporte.com)

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