Copa do Brasil em Foco - Finais: jogando em casa, Grêmio empata com Atlético-MG e fica com o título

Após 15 anos, Grêmio levanta a taça da Copa do Brasil
(foto: Jefferson Bernardes/AFP)

Vida que segue. Depois de uma semana muito triste e complicada, marcada pelo acidente inesperado com o avião da Chapecoense na Colômbia, que dizimou jogadores, comissão técnica e dirigentes do time catarinense, além de jornalistas e tripulantes, enfim, a bola voltou a rolar nos gramados brasileiros.
Adiada por conta da tragédia, a partida de volta das finais da Copa do Brasil entre Grêmio e Atlético-MG foi realizada na noite desta quarta-feira (07/12), na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.
E, como se esperava, a festa foi gremista - nem o golaço marcado por Cazares no final do jogo foi capaz de mudar o resultado.
O empate em 1 a 1 foi o suficiente para o Tricolor Gaúcho quebrar um jejum de 15 anos sem ganhar um título nacional.

Jogadores e jornalistas fazem um minuto de silêncio em memória
dos mortos da Chape (foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

E não faltaram homenagens às vítimas do avião da Chape. Antes do início da partida, crianças levaram as bandeiras do Brasil e da Colômbia, além de uma bandeira da Chapecoense, para o centro do gramado.
Jogadores dos dois times se intercalaram - e juntamente com representantes dos veículos de comunicação que perderam colegas na tragédia, fizeram um minuto de silêncio.
Foi o único momento em que a Arena tricolor se calou completamente - a emoção era visível tanto nos rostos dos jogadores quanto dos torcedores, que por sinal, não foram poucos: mais de 55 mil pessoas foram à casa gremista.

E com a bola rolando, o que se viu foi muito equilíbrio entre as duas equipes. Com a necessidade de reverter o resultado negativo da primeira partida, o Galo foi pra cima e criou oportunidades de gol, mas sem sucesso.
E apesar do domínio atleticano, a melhor chance do primeiro tempo foi do Grêmio, com Everton, aos 39', que após receber passe de Douglas, ficou cara a cara com o goleiro Victor, que fez um verdadeiro milagre.

Victor faz bela defesa em chute de Everton
(foto: Diego Guichard/globoesporte.com)

O placar ficou zerado até os 43' do segundo tempo, quando, em um contra-ataque rápido, Everton bateu cruzado e errou o alvo; a defesa atleticana não afastou e a bola sobrou para o equatoriano Miller Bolaños, que não perdoou e abriu caminho para o título gremista.
Na sequência, o compatriota Cazares empatou para o Atlético, marcando simplesmente um dos gols mais bonitos do ano: encobriu Marcelo Grohe com um chute do meio do campo de defesa!
Mas a reação mineira parou por aí. E, com o empate, o Grêmio levantou a taça, tornando-se o maior campeão da Copa do Brasil (com cinco títulos conquistados, ultrapassando o Cruzeiro, que tem quatro) e quebrou um jejum de títulos nacionais que já durava 15 anos - a última grande conquista do Tricolor Gaúcho foi justamente uma Copa do Brasil, conquistada em 2001.
O título da Copa do Brasil ainda confere ao Grêmio uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores do ano que vem.

Miller Bolaños fez o gol que deu o título ao Grêmio
(foto: Agência Estado)

Sem dúvida foi uma bela e merecida conquista. O Grêmio evoluiu bastante, especialmente depois da chegada do técnico Renato Portaluppi (ou Renato Gaúcho, como queiram), que foi ídolo do Imortal na década de 1980 (ajudou o Tricolor Gaúcho a conquistar a Libertadores e o Mundial de Clubes de 1983) e tem uma identificação muito forte com o clube.

O técnico corrigiu as deficiências do time, montando uma base forte que levou o Grêmio a esta conquista.
E, não bastasse tudo isto, Renato ainda trouxe um, como vou dizer... "talismã" para o Tricolor: a filha (e "musa") Carol Portaluppi, que esteve presente ao lado do pai nos últimos jogos do Grêmio na Arena pela Copa do Brasil, e foi "pé quente".

A musa tricolor, Carol Portaluppi
(foto: Reprodução)

E aí? Justa a conquista do Grêmio?
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(Fonte: globoesporte.com)