Conmebol declara Chapecoense campeã da Copa Sul-Americana

(foto: Reprodução/Conmebol)

Depois de toda a comoção nacional e internacional gerada pela tragédia com o avião da Chapecoense na Colômbia - com direito a uma belíssima cerimônia de homenagem no estádio Atanásio Girardot (que seria o palco da primeira partida da final da Copa Sul-Americana) por parte do Atlético Nacional (COL), na última quarta-feira (30/11) e várias demonstrações de carinho pelo mundo afora - enfim, saiu uma decisão muito esperada, e mais do que justa: na tarde desta segunda-feira (04/12), a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) declarou a Chape como campeã da Copa Sul-Americana, em reunião de seu conselho administrativo.
Com isso, a equipe catarinense ganha automaticamente uma vaga na fase de grupos da Libertadores do ano que vem, além do direito de enfrentar o Atlético Nacional, atual campeão da Libertadores, na Recopa Sul-Americana.


A decisão de dar o título à Chapecoense, na realidade, já havia sido tomada desde a última quinta (01/12), mas foi oficializada hoje, no site da Conmebol. A iniciativa de dar o título ao clube catarinense partiu de seu próprio adversário na final, o Atlético Nacional - por esta razão, o time de Medellín foi agraciado com o prêmio "Centenário da Conmebol ao Fair Play", além da quantia de US$ 1 milhão (equivalente a aproximadamente R$ 3,4 milhões).

Pelo título da Sul-Americana, a Chape vai receber um prêmio de US$ 2 milhões (cerca de R$ 6,8 milhões), além de US$ 1 milhão (cerca de R$ 3,4 milhões) pela participação na Recopa e mais R$ 600 mil (um pouco mais do que R$ 2 milhões) por partida jogada em seus domínios durante a Libertadores - uma vez que a Chapecoense fará ao menos três partidas em casa na fase de grupos da competição, ao menos US$ 1,8 milhões (mais de R$ 6 milhões) estão garantidos nos cofres do clube.
Somando-se todas as premiações, o total arrecadado pela Chape chega a pelo menos US$ 4,8 milhões.
Um reforço importantíssimo às finanças do clube, já que terá que reconstituir seu elenco e sua comissão técnica, dizimados em grande parte com a queda do avião da Lamia.

Elenco da Chapecoense durante a Sul-Americana
(foto: Nelson Almeida/AFP)
Embora não tenha vindo da forma que se esperava, é um título mais do que merecido para a Chapecoense - especialmente por tudo o que os jogadores fizeram durante a competição, antes da tragédia.
Até chegar às finais contra o Atlético Nacional, a Chape deixou pelo caminho times de renome do futebol sul-americano, como os argentinos Independiente, sete vezes campeão da Libertadores da América, e San Lorenzo, time de coração do Papa Francisco e campeão da Libertadores em 2014.
Não fosse o fatídico acidente, os catarinenses teriam totais condições de jogar a final contra o Nacional de igual pra igual - e até de ganhar esse título no campo.
Mas, as coisas aconteceram do jeito que aconteceram... mas vale mencionar a atitude do Atlético Nacional, de extrema nobreza e dignidade, ao abrir mão do título da Sul-Americana diante de toda a comoção gerada pelo acidente.
Isso sem contar a cerimônia realizada em Medellín, no Atanásio Girardot, no dia em que seria a primeira partida - com todos os lugares do estádio ocupados e uma demonstração enorme de solidariedade por parte da torcida do time colombiano.
Um dia que vai entrar para a história...

Parabéns, Chape. Mesmo que as coisas tenham acontecido fora do cenário ideal, são mais do que merecedores deste título.
Fico na torcida para que o clube se recupere o mais breve possível, e entrem fortes na Libertadores do ano que vem. Força sempre!

(Fontes: globoesporte.com, Conmebol)

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