Brasil termina Paralimpíada com melhor participação da história

Cerimônia de Encerramento da Paralimpíada Rio 2016, no último domingo
(foto: André Durão/globoesporte.com)

Os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro se encerraram no último domingo (18/09), e, a exemplo das Olimpíadas, realizadas em agosto, trouxeram um grande público ao Parque Olímpico da Barra.
E a delegação brasileira se deu bem, faturando, ao todo, 72 medalhas - a melhor participação do Brasil na história dos Jogos.
A meta do Comitê Paralímpico do Brasil era ficar entre os cinco melhores no quadro de medalhas; mas, mesmo com o recorde de medalhas, o Brasil ficou na oitava posição.

Mas isto não tira o brilho das conquistas dos nossos atletas. Muito pelo contrário.

Vamos relembrar aqui algumas das conquistas marcantes dos atletas brasileiros na Paralimpíada Rio 2016.


Um dos grandes responsáveis pelo recorde brasileiro foi o nadador Daniel Dias. Só ele conseguiu, nesta edição de Paralimpíada, nove medalhas - sendo quatro de ouro, três de prata e duas de bronze.
O meu xará paralímpico também alcançou uma marca histórica: tornou-se o maior medalhista da história da natação paralímpica masculina: além das nove medalhas conquistadas no Rio, Daniel ganhou outras nove medalhas em Pequim (2008) e seis em Londres (2012).

Daniel Dias: o maior nadador paralímpico da história
(foto: Sérgio Moraes/Reuters)

No atletismo, algumas gratas surpresas: caso de Petrúcio Ferreira, que disputou sua primeira paralimpíada - e logo de cara, faturou três medalhas: ouro nos 100m rasos da categoria T47 (na Paralimpíada, os atletas são separados em categorias ou classes, de acordo com o grau de deficiência; esta refere-se a atletas com deficiência nos membros superiores) e prata no revezamento 4x100 e nos 400m da mesma categoria; e Verônica Hipólito, prata nos 100m rasos da categoria T38 (para atletas com paralisia cerebral) e bronze nos 400m da mesma categoria.

Verônica Hipólito na final dos 400m T38, onde levou a medalha de bronze
(foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)

No judô, o veterano atleta Antônio Tenório conquistou a prata, atingindo também uma marca significativa: subiu ao pódio em todas as edições de Paralimpíada que disputou - foi ouro em Atlanta (1996), Sydney (2000), Atenas (2004) e Pequim (2008) e bronze em Londres (2012).
Na final de sua categoria, Tenório foi derrotado pelo sul-coreano Choi Gwang-Geun.

Antônio Tenório com a medalha de prata no peito: deixou sua marca
no judô paralímpico (foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Em sua segunda Paralimpíada, Bruna Alexandre fez história no tênis de mesa: levou dois bronzes e foi a primeira mesatenista brasileira a ganhar uma medalha paralímpica na modalidade.

Bruna Alexandre, do tênis de mesa: duas medalhas históricas
(foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)

Mas não foi só nos esportes individuais que o Brasil fez bonito na Rio 2016 - os esportes coletivos também fizeram a alegria da torcida. Caso do futebol de 5 (para deficientes visuais), que chegou no lugar mais alto do pódio e levou o ouro pela quarta vez na história.
Destaque para o craque Ricardinho, autor do gol que deu a vitória ao time brasileiro na final contra o Irã.

Equipe de futebol de 5 do Brasil, campeã paralímpica
(foto: André Durão/globoesporte.com)

E pela primeira vez na história da Paralimpíada, o Brasil ganhou uma medalha de ouro na bocha de duplas mistas.
A equipe formada por Antonio Leme, Evelyn de Oliveira e a reserva Evani Soares bateu a equipe da Coreia do Sul na final, por 5 a 2.

Equipe de bocha brasileira medalhista de ouro: primeira medalha do Brasil
na modalidade (foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

São tantas conquistas que, se eu fosse falar sobre todas elas, este post ficaria quilométrico. Afinal de contas, foram 72 medalhas.
Mas no fim das contas, uma coisa pode se afirmar com convicção: todos os atletas que disputam uma Paralimpíada - sejam eles brasileiros ou não - já são vencedores.
Mais do que isso: são verdadeiros heróis. Apenas uma palavra define todos eles: superação. Sim, pois não é qualquer um que consegue passar por cima de uma limitação física para disputar um esporte em alto rendimento.
Essas pessoas deixam um exemplo para o mundo - e nos fazem lembrar que devemos tratar com mais carinho e respeito quem tem uma deficiência física. Pois são pessoas como a gente.
A grande mensagem da Paralimpíada é: inclusão.

(Fontes: globoesporte.com, Folha de S.Paulo)

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