Portugal bate os donos da casa, e conquista o título da UEFA Euro 2016

Cristiano Ronaldo levanta a taça da Euro 2016: conquista histórica
para os portugueses (foto: Reuters)

Tinha tudo para ser uma festa francesa. Stade de France lotado, anfitriões na final... mas, quis o destino que, doze anos após serem derrotados em casa pelos gregos, os portugueses levassem a melhor sobre os donos da casa na edição deste ano da UEFA Euro.
E olha que Cristiano Ronaldo quase nem jogou: a estrela da seleção lusitana saiu de campo aos 23 minutos do primeiro tempo, devido a uma lesão no joelho esquerdo.
O título acabou sendo decidido na prorrogação, com um gol de Éder, que acabou por se tornar o herói do título português.


E de fato, foi uma partida bastante equilibrada, como se espera de uma final de UEFA Euro.
Durante todo o primeiro tempo, a França foi superior, tomando a iniciativa e criando mais chances de gol. E ainda houve a saída precoce de Cristiano Ronaldo, por conta da contusão no joelho.
Sem o seu principal craque, os portugueses encontraram dificuldade em criar jogadas de efeito.

Lesionado, CR7 teve que deixar o campo na metade da primeira etapa
(foto: Reuters)

Durante a segunda etapa, os donos da casa continuaram indo pra cima, enquanto os portugueses se fechavam na tentativa de aproveitar o contra-ataque. E os goleiros acabaram fazendo a diferença - o português Rui Patrício defendeu uma cabeçada de Antoine Griezmann, aos 20 minutos, e um chute cruzado de Giroud, aos 29 minutos.
Do outro lado, Lloris bloqueou um chute despretensioso de Nani e um chute de bicicleta de Quaresma, aos 34 minutos.
Rui Patrício ainda teve que mostrar serviço aos 39 minutos, quando pegou um chute de fora da área de Sissoko.
Nos acréscimos, a França mandou uma bola na trave portuguesa, com Gignac.

Com nenhuma das seleções tirando o zero do placar, a partida foi para a prorrogação. Foi quando Portugal começou a se soltar e a criar mais oportunidades.
Na primeira etapa do tempo extra, logo aos 4 minutos, o zagueiro Pepe cabeceou uma bola que passou muito perto, mas em posição irregular.
A melhor oportunidade veio aos 13 minutos com Éder, que cabeceou uma bola lançada na área por Quaresma, em cobrança de escanteio, mas o goleiro Lloris salvou.

E, se não deu pra ajudar o time em campo, foi do lado de fora mesmo. Cristiano Ronaldo acabou se tornando uma espécie de segundo técnico, dando força para os companheiros durante o intervalo da prorrogação e orientando o time juntamente com Fernando Santos, o treinador da seleção portuguesa.
E a injeção de ânimo de CR7 acabou dando resultado: já no ínicio do segundo tempo da prorrogação, aos 4 minutos, o gol que fez história: Éder dominou uma bola na entrada da grande área, e mandou dali mesmo - desta vez, Lloris nada pôde fazer.
Gol da vitória de Portugal, e gol de um título histórico: primeira conquista importante para a seleção lusitana em décadas de história - até então, o melhor resultado da história de Portugal foi um terceiro lugar na Copa do Mundo de 1966, com a geração de Eusébio e cia.

Éder acabou por se tornar o herói da conquista portuguesa
na UEFA Euro 2016 (foto: Getty Images)

Alegria de CR7, e também alegria de um país inteiro - já nesta segunda-feira, a delegação portuguesa foi recebida com festa na capital do país, Lisboa, onde desfilaram em carro aberto diante de uma multidão.

Por conta da cobertura do Festival do Japão, acabei não conseguindo assistir a partida. Mas creio que os portugueses não ganharam esse título à toa - superando até mesmo a perda de seu principal jogador.
Portugal não fez uma grande campanha durante a Euro 2016, especialmente na fase de grupos; no entanto, cresceu durante a fase de mata-mata, e até passou um certo sufoco, ganhando partidas na prorrogação (contra a Croácia, nas oitavas) e nos pênaltis (contra a Polônia, nas quartas).
No geral, foi um título conquistado na base da raça e do sofrimento - e com certeza, o troféu desta edição da Euro está em boas mãos.
Parabéns Portugal! Como diz o seu hino: "nação valente e imortal!"

(Fonte: globoesporte.com)

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