Kim Yuna acende a pira olímpica dos jogos de Pyeongchang; abertura oficial aconteceu nesta sexta

Kim Yuna acende a pira olímpica em Pyeongchang: jogos foram
abertos oficialmente hoje (foto: Dean Mouhtaropoulos/Getty Images)

A ex-atleta da patinação artística Kim Yuna teve a honra de acender a pira olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, nesta sexta-feira (09).
Yuna, campeã olímpica em Vancouver (2010) e medalha de prata em Sochi (2014), é considerada um dos grandes nomes do esporte olímpico sul-coreano.
A cerimônia desta sexta foi marcada por momentos emocionantes - e até inusitados.


Um dos pontos altos da cerimônia foi a entrada das duas Coreias - do Sul e do Norte - lado a lado, sob a mesma bandeira, ao final do desfile das delegações.
Desde a década de 1950, o país se encontra dividido, e os dois lados têm vivido em um clima constante de tensão. E, há cerca de dois anos, não se comunicavam - até que, no início deste ano, o líder norte-coreano Kim Jong-Un negociou com o Sul o envio de uma delegação do Norte para os Jogos; o time de hóquei feminino, por exemplo, é formado por atletas do Sul e do Norte.
Uma cena que acende um raio de esperança para aqueles que desejam a paz entre as duas Coreias.

As duas Coreias desfilaram juntas sob a mesma bandeira
(foto: Getty Images)

O Brasil também enviou representantes para estes jogos de inverno. A delegação brasileira em Pyeongchang conta com cerca de 15 pessoas, entre atletas, comissões técnicas e médicos, e teve como porta-bandeira Edson Bindilatti, do bobsled.

Edson Bindilatti, do bobsled, carrega a bandeira brasileira
(foto:Quinn Rooney/Getty Images)


Falando em porta-bandeira... estas são Olimpíadas de Inverno, certo? Quando se pensa em inverno, a primeira coisa que vem à cabeça é frio, certo? E em Olimpíada de Inverno geralmente tem neve, certo?
Pois bem... agora imaginem, dentro deste contexto (mais especificamente no caso de hoje em Pyeongchang: frio de 4º com sensação térmica de -10º), um sujeito desfilando SEM CAMISA, só com um tangão comprido e o corpo coberto de óleo (!!!).
Pois TEVE! O autor desta façanha foi o porta-bandeira da delegação de Tonga, Pita Taufatofua, que nestes jogos competirá no esqui alpino.
Detalhe: na abertura da Rio 2016, quando participou do taekwondo, ele fez a mesma coisa (mas claro, no Rio é beeeem mais quente...).
Bem, torçamos pra que ele não tenha virado um picolé e consiga competir de boas...

Pita Taufatofua, porta-bandeira de Tonga: na melhor das hipóteses,
ele pega um belo resfriado... (foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)

A abertura da Olimpíada de Inverno trouxe como tema a viagem pelo tempo e espaço de cinco crianças - cada uma representando as cores dos anéis olímpicos - transmitindo uma mensagem de paz e harmonia entre os povos.
Durante estas performances, foram apresentados vários elementos culturais da Coreia, como os tambores e o tigre branco, que é considerado um símbolo do país.

O tigre branco: um dos símbolos coreanos apresentado em Pyeongchang
(foto: Carlos Barria/Reuters)

Dentro do protocolo, também houve discursos do presidente sul-coreano Moon Jae-In e do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, que enfatizou a união simbólica das Coreias no desfile das delegações e foi ovacionado pelo público: "Foi uma poderosa mensagem de paz ao mundo", declarou Bach.

A cerimônia de abertura dos jogos de Pyeongchang também teve um recorde: mais de 1200 drones (aeronaves em miniatura movidas por controle remoto, muito usadas em filmagens e fotografias aéreas) foram usados para efeitos de luz, inclusive, formando os anéis olímpicos em dado momento.
Este número acabou entrando para o Guinness Book - o tradicional livro dos recordes.

Mas sem dúvida, o grande momento desta cerimônia foi a hora da pira. Tanto nas Olimpíadas de verão como nas de inverno, o nome de quem vai acender a pira olímpica sempre é guardado às sete chaves.
Em Pyeongchang não foi diferente - o mistério foi se mantendo até próximo do final da cerimônia, quando duas ex-atletas olímpicas (uma norte-coreana e uma sul-coreana) subiram uma escadaria e entregaram a tocha olímpica para Kim Yuna, que a recebeu com uma pequena performance e, em seguida, acendeu a chama, que subiu até a pira em forma de trinta anéis de fogo (que representam os trinta anos entre a Olimpíada de Verão de Seul, realizada em 1988, e a Olimpíada de Inverno de Pyeongchang, neste ano).
Uma cena inesquecível - e um papel nada mais justo para Kim Yuna, que representou seu país como poucos em Olimpíadas.

Kim Yuna ao lado da pira de Pyeongchang: um momento inesquecível
(foto: Getty Images)


Os Jogos de Inverno de Pyeongchang acontecem até o dia 25 deste mês. Vamos acompanhar e torcer!

(Fontes: globoesporte.com, El País Brasil)


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